Quanto se gasta ao não ter controle sobre processos operacionais, arcando com erros e retrabalho?
Que a tecnologia é fundamental para melhorar a gestão e a operação de negócios dos mais variados segmentos, já não resta dúvidas. Entretanto, um “senão” ainda paira sobre muitas decisões de compra nesta área: o custo.
É verdade que sistemas e equipamentos tecnológicos podem exigir investimentos consideráveis, sim. É também notável as melhorias que este aparato traz para o negócio: de fato, uma pesquisa da consultoria Alberdeen Research mostra que empresas que utilizam um software de gestão (ERP) são 73% mais produtivas do que as que não o fazem, e têm redução de 18% nos custos operacionais e de 16% nos custos administrativos.
Já a TNS Research indica que companhias de 11 países que investem em tecnologia, incluindo sistemas, mobilidade, Big Data e computação em nuvem, crescem até 53% a mais em receita do que as demais. O Gartner, por sua vez, defende a digitalização dos negócios como inevitável e afirma que o esforço para produzir mais com menos recursos tecnológicos pode barrar o avanço das empresas.
Outro estudo, intitulado The Era I Enterprise: Ready for Anything, mostra que, na opinião de 300 executivos de 10 verticais da indústria, a TI facilita interação com o consumidor e potencializa o trabalho, melhorando a produtividade, competitividade e ampliando a geração de receita.
Não são poucos os exemplos comprovados da eficácia da tecnologia aplicada às operações corporativas. Para melhorar a análise, tomemos como foco somente os sistemas de gestão. Para uma companhia, a avaliação da compra de um ERP deve começar pelo questionamento de quanto custa não tê-lo, o que equivale a perguntar quanto custa não ter controle sobre todos os processos, do backoffice ao ponto de venda, passando por todos os departamentos, documentos, procedimentos e pessoas.
Qual o custo de não automatizar tarefas que podem perfeitamente ser executadas por um software, disponibilizando recursos humanos para ações estratégicas? Quanto se gasta ao não ter controle sobre processos operacionais, arcando com erros e retrabalho? Qual a perda por não ter à mão dados claros para a gestão assertiva de todas as áreas do negócio?
A compra de um ERP representa um custo, mas a opção por não ter este tipo de sistema – ou por adquirir o mais barato – também não sai de graça. Um software de gestão capaz de automatizar processos, que gere informações gerenciais precisas que auxiliem na eficácia organizacional, resolva sozinho a complexidade das regras fiscais, reduzindo falhas e o risco tributário, e seja fácil de usar, potencializando a produtividade de todos os departamentos, tem relação direta com ganhos de competitividade.
O contrário também é real: um sistema de gestão que falhe no controle de acesso, na integração dos dados e na automatização dos processos aumenta os erros de operação, eleva os índices de retrabalho e exige a disponibilidade de mais pessoas com mais experiência. Resumindo, eleva os gastos e reduz a eficiência das equipes, o que pode resultar na entrega de produtos ou serviços insatisfatórios.
Benefícios como a satisfação dos clientes, segurança fiscal, eficiência operacional, informação gerencial de qualidade, ganho de competitividade são imensuráveis. Já o custo de não ter tudo isso é a tomada de decisão errada, a perda de venda, a queda na receita, e isso sim pode ser posto na ponta do lápis – e não será barato.
Investir em tecnologia é qualificar e potencializar o negócio. Não investir é correr riscos que podem custar dinheiro, tempo e esforços. O balanceamento da equação está na escolha pelo investimento correto, que não será caro, nem barato: será certeiro.
*Robinson Klein é CEO da Cigam.
Fonte: Computerworld