Checar esses cinco pontos pode resultar em uma melhor organização, mais energia mental e melhor rendimento
Da mesma forma como pode ser útil arrumar o armário de tempos em tempos para verificar o que ainda é possível manter ou o que precisa ser descartado, analisar a carreira periodicamente pode ser uma maneira interessante de impulsioná-la. Isso porque revisitar as atividades inerentes à profissão ou ao emprego pode resultar, inclusive, em uma melhor organização, mais energia mental e melhor rendimento.
Elimine o que pode trazer distração
Identifique as tarefas que você pode descartar. “Analisar a carreira tem tudo a ver com garantir que ações que você toma no dia a dia vão ajudar em sua prioridade número 1”, diz John McKee, CEO da John McKee & Associates, consultoria profissional baseada nos Estados Unidos.
Comece definindo suas metas, projetando onde você quer estar em cinco anos, como em uma alta posição executiva ou em uma nova companhia, ressalta. Inclua também suas aspirações pessoais. Posteriormente, estabeleça objetivos anuais para atingir sua meta e esboce passos para alcançá-los nesse período. Se as tarefas pelas quais você é responsável não suportam seus objetivos pessoais, fale com seu gerente sobre como delegá-las ou, eventualmente, solicitar uma troca de papéis.
Aprenda a lidar com conflitos
Evitar um colega ou um projeto difícil pode comprometer sua eficiência no trabalho, afirma Daniel Markovitz, da Markovitz Consulting. “A melhor forma não é virando as costas. As coisas vão ficar ainda piores”, enfatiza.
Coloque uma tarefa não muito agradável no topo de sua lista de afazeres e fragmente-a em vários pedaços pequenos, alerta Markovitz. “Imagine que eu lhe dê um salame de 60 metros e diga: bom apetite. Mas, e se eu fatiá-lo em porções saborosas? Repentinamente, ele parecerá totalmente gerenciável”, ressalta. Se você está evitando uma situação desagradável, considere o alívio que você terá depois de tê-la resolvido, conclui.
Gerencie melhor o e-mail
Uma caixa de e-mail entupida de mensagens pode dar a impressão de que você tem mais para fazer do que realmente existe. E-mails que não necessitam de uma resposta imediata podem ser armazenados em uma pasta específica enquanto você responde mensagens mais urgentes. Para tirá-las do caminho, envie uma resposta rápida e padrão como “Obrigado pela mensagem. Retornarei assim que possível”, ensina Markovitz. Posteriormente, armazene o e-mail em uma pasta chamada “não-lidas”, com um lembrete para analisá-las posteriormente.
Uma forma de reduzir o fluxo de e-mail é analisar newsletters, listas de discussão e outras correspondências eletrônicas que não fazem tanta diferença em sua carreira. “Em alguns casos, essas pessoas concluem que esse tipo de correspondência não é tão interessante ou relevante quanto pareciam”, diz.
Prime pela produtividade e menos pela conversa
Bater papo é comum no ambiente de trabalho, mas socializar em excesso pode ser um empecilho quando você está tentando terminar alguma atividade. Para escapar educadamente de uma situação como essa, diga que você tem um prazo a cumprir e se ofereça para conversar em algum outro momento, como na hora do almoço, indica Ariane Benefit, fundadora da consultoria de carreira Agile Life Design.
Não “cortar” um colega que se engaja em seções repetitivas de bate-papo pode deter a produtividade. Isso envolve inclusive evitar até mesmo passar perto daquele que já tem uma atração extra por um papo. “Às vezes você tem literalmente de evitar passar perto daquele espaço”, relata a executiva.
Quando for impossível desviar dessas pessoas, especialmente quando elas fazem um bocado de reclamações, tente enfatizar o lado positivo da situação. “Se você sempre trouxer algo pelo lado positivo, elas vão se cansar de vir até você porque não vão se satisfazer com aquela resposta”, complementa.
Mas de forma geral, pode-se dizer que essas são apenas algumas dicas extras para turbinar a carreira. Os consultores continuam enfatizando a necessidade de reciclagem profissional e o máximo de qualificação possível, elementos que devidamente combinados com um aproveitamento satisfatório das oportunidades são o caminho para o sucesso.
Tornar-se mais influente
O primeiro passo é expandir o que, para aqueles em TI, é uma compreensão limitada do que é influência, de acordo com Paul Glen, CEO da Leading Geeks. A seguir, ele dá dicas em artigo publicado na Computerworld/EUA.
“Recentemente, me envolvi em uma conversa entre um grupo de CIOs que coletivamente parecia estar confuso e ferido por sua própria falta de influência dentro de suas organizações. “Dou o que eles querem, mas quando se trata de grandes decisões, não consigo um lugar à mesa”. A frase sintetiza o pensamento coletivo. Então, como se tornar mais influente?
A opinião geral era que os CIOs têm de melhorar a divulgação dos sucessos obtidos pelo departamento de TI e trabalhar mais para construir relacionamentos com os demais executivos de negócios. Não há nada de errado com essas medidas, exceto que elas são necessárias, mas não são suficientes. Nós em TI temos uma compreensão limitada do que é ser influente.
Na sua forma mais pura, a influência é a nossa própria capacidade de afetar as opiniões, emoções e comportamentos dos outros. Mas não é o suficiente para influenciar as decisões que são tomadas. Para afetar a agenda e a direção da organização, o CIO precisa influenciar as perguntas a serem feitas.
Em grande medida, a TI não é influente porque confunde influência com participação. Acreditamos que os decisores devem consultar-nos por causa do valor inerente de nosso conhecimento. Ficamos confusos quando isso não acontece, não percebendo que os executivos raramente procuram ser influenciados. Eles esperam ser pressionados. Se continuarmos esperando passivamente para compartilhar informações, outros estarão impulsionando a agenda.
E mesmo quando somos consultados, a nossa participação pode não ser influente, porque nós não entendemos bem como as decisões são tomadas. Acreditamos que as decisões devam basear-se em um processo puramente analítico. Amontoamos dados na mesa, achando termos feito a nossa parte apresentando os fatos como realmente são. Mas as decisões não acontecem apenas com base nesse amontoado de dados. A tomada de decisão é um processo fundamentalmente interior, que mistura emoções, intuição e informações.
Como geeks, não gostamos de abusar da experiência de outras pessoas e, muito menos, da realidade subjetiva, componentes do reino das emoções. Não gostamos de falar e pensar sobre elas ou tentar fazer com que os outros as sintam. Planejar estratégias para fazer alguém se sentir de uma determinada maneira nos parece errado.
Mas não podemos influenciar nossos parceiros de negócios, sem compreender suas experiências interiores. Geeks tornaram-se razoavelmente bons na compreensão de processos de negócios, mas raramente consideram a experiência humana que habita esses processos. Sem isso, adeus esperança de ganhar influência.
Fonte: cio.com.br