Um software pirata é um programa reproduzido ilegalmente em um computador, ou seja, sem a autorização de seu desenvolvedor. Isso significa que se você não fez o licenciamento de um programa, não poderia usá-lo.
É fato que grande parte dos usuários de computadores domésticos ainda usa software pirata — e esse também é um hábito que, frequentemente, se repete na iniciativa privada. Diante dos altos custos de algumas ferramentas corporativas, muitas empresas deixam de investir no licenciamento legal de software.
No entanto, essa é uma prática que deve ser evitada. Os prejuízos causados por um software ilegal vão desde problemas de segurança até baixo desempenho computacional.
Quer saber mais? Então confira a nossa lista com os 10 riscos da instalação de um software pirata no seu computador e saiba como se proteger!
Quais são os riscos de um software pirata?
1. Baixo desempenho da aplicação
Um software pirata é modificado para ignorar tentativas de verificação de autenticação de autenticidade. Esse processo de alteração do código fonte de um programa pode diminuir a sua performance. Como consequência, a empresa que instala sistemas piratas passa a ter soluções de baixo desempenho quando comparadas com um software original.
Para evitar que os profissionais de uma empresa percam produtividade com uma solução que tenha alto índice de erros, sempre invista em programas originais. Por serem capazes de receber updates regularmente, as chances de a solução manter bugs é reduzida.
2. Não cumprimento de obrigações legais
Por lei, toda empresa deve fazer uso de programas e produtos originais. Ao aceitar a instalação de softwares piratas, a companhia deixa de cumprir com essa obrigação legal, e isso a expõe a problemas jurídicos diversos.
Se a sua companhia não possuir um orçamento capaz de pagar pelo preço cheio de um software, opte por ferramentas gratuitas ou com modelos de licenciamento mais inovadores, como o Software as a Service (SaaS, ou software como serviço, em português).
Com isso, o impacto causado pela adoção de uma solução será menor a médio e longo prazo.
Vale destacar que, no Brasil, a Lei N° 9.609 garante os direitos de comercialização e a propriedade intelectual de cada software ao seu correspondente desenvolvedor.
Quem violar esses direitos comete crime e pode ser multado ou pegar pena de detenção de seis meses a dois anos.
Se existir reprodução não autorizada de um software para fins de comércio, seja de forma integral, seja de modo parcial, a pena pode ser ampliada, incluindo reclusão de um a quatro anos e multa.
3. Possibilidade de infecção por malwares
Para que os processos de licenciamento sejam ignorados, muitos programas utilizam os chamados crackers. Essas ferramentas são pequenos programas que podem criar senhas falsas ou mesmo desabilitar rotinas de verificação de autenticidade.
No entanto, não há garantias de que elas não tenham sido programadas para aproveitar o acesso a recursos administrativos no computador, de modo que terceiros se tornem capazes de instalar malwares.
Lembre-se de que grande parte dos prejuízos que uma empresa pode ter hoje é originado em ataques de malware. Nesse sentido, ao investir em soluções de software originais, a companhia reduz o número de programas que podem ser usados como porta de entrada para softwares maliciosos.
4. Exposição a páginas de phishing
O phishing é uma das principais técnicas de captura e roubo de dados pessoais. Muito divulgado na internet, essa forma de ataque utiliza páginas e mensagens que simulam conteúdos reais para induzir o usuário a instalar softwares maliciosos ou inserir informações privadas em um site falso.
Naturalmente, páginas de download de ferramentas piratas estão entre os principais meios de divulgação de phishing.
Diante disso, a busca e instalação constante de softwares falsificados pode ser apontado como uma forma fácil e rápida de se encontrar páginas de phishing.
Muitas das páginas que hospedam programas piratas utilizam sistemas de anúncio invasivos, que exploram bugs e falhas para a divulgação de conteúdos que induzam uma pessoa a instalar softwares maliciosos.
Portanto, tenha em mente que o uso de softwares originais é um fator estratégico para a melhoria da confiabilidade dos sistemas corporativos.
5. Instabilidades do programa a longo prazo
Um programa falsificado não pode receber atualizações críticas de segurança e melhorias de desempenho pelos canais oficiais do developer.
Esse é um problema sério, especialmente quando levamos em consideração que muitos programas corporativos são complexos e constituídos por um grande número de linhas de código.
Consequentemente, o número de melhorias e vulnerabilidades que precisam ser corrigidas após o lançamento tende a ser igualmente grande.
Ao investir em soluções de software originais, a empresa garante que os seus sistemas vão receber os principais updates de segurança a médio e longo prazo.
Durante todo o ciclo de vida do software, o empreendimento continuará tendo acesso a novas funções, correções contra bugs e falhas críticas. Elas vão otimizar o programa continuamente, dando mais robustez para os sistemas usados no ambiente corporativo.
6. Diminuição da qualidade da privacidade interna do negócio
Um dos grandes temas da computação atual é a falta de privacidade. Em ambientes corporativos, garantir que somente as pessoas corretas tenham acesso a uma informação é crucial para garantir que o empreendimento não tenha dados e registros internos expostos por terceiros.
Nesse sentido, o uso de softwares licenciados tem um papel de destaque. Ferramentas originais são programadas para não coletar informações sem o controle e aviso prévio do usuário.
O mesmo vale para softwares open source, em que a verificação do código fonte não é um problema. Assim, a empresa terá um controle maior sobre o que é capturado pelo desenvolvedor e como é possível reverter esse ciclo em caso de necessidade.
7. Instalação de softwares falsos
Muitos links, arquivos de torrents e executáveis disponibilizados em sites de downloads de programas piratas podem se referir a softwares falsos, que imitam ou são cópias de programas verdadeiros. Eles são feitos para enganar os usuários e roubar informações confidenciais, como dados pessoais e bancários.
Um caso do tipo ocorreu em 2006, quando o Skype, programa de troca de mensagens e videoconferências, foi lançado. Na ocasião, uma versão falsa do software que roubava informações dos usuários foi descoberta na Turquia.
Na verdade, se tratava de um malware que instalava aplicações capazes de capturar clientes de FTP e e-mail, além de senhas do antigo Messenger (MSN), enviando os dados para seus desenvolvedores.
8. Perda de arquivos corporativos
Os artifícios utilizados para burlar os requisitos de licença de um software original, como a chave de ativação ou número de série, podem tornar o programa mais lento e instável. Isso é prejudicial para os dados que serão gerados e manipulados nele, pois há maiores chances de serem perdidos por alguma falha do sistema.
Imagine trabalhar por horas em um relatório gerencial e, de repente, o programa fechar, sumindo com todos os dados. Basicamente, quase todo o tempo investido se perdeu e você terá de refazer o conteúdo, correndo novamente o risco dele ser perdido.
Outra situação que pode forçar o retrabalho é quando os arquivos até são salvos, mas são igualmente corrompidos devido às falhas do programa. Depois você não consegue mais abri-los por conta de erros na leitura das informações.
9. Não poder contar com uma equipe de assistência
Se você for vítima de roubo de dados, perder conteúdos críticos ou tiver outros problemas com um programa pirata, você não poderá acionar ou contatar a equipe de suporte da solução em busca de ajuda.
Por outro lado, quem conta com um software original geralmente tem à disposição atendimento especializado da desenvolvedora, podendo sanar dúvidas, receber auxílio e ainda obter treinamento para manusear adequadamente o programa.
Isso é essencial em soluções mais complexas ou segmentadas, como as de contabilidade, logística, gestão empresarial (ERP), entre outras.
10. Desperdício de tempo
Outro fator a considerar é o desperdício de tempo para a instalação de programas piratas, pois a busca e os processos de downloads podem ser demorados e sem resultados.
Não é incomum perder horas e até dias procurando links e sites que ofereçam essas soluções ilegais, pois muitos direcionam para locais que não hospedam mais as aplicações. Também há links quebrados e outros que encaminham o usuário para propagandas.
E, quando finalmente se consegue baixar as soluções desejadas, também é frequente que elas não rodem e não abram. Em alguns casos, o programa até mesmo não pode ser instalado por incompatibilidade ou indícios de malwares detectados por antimalwares, que bloqueiam a aplicação.
Dessa forma, a procura se inicia novamente e, assim, dias podem ser perdidos, comprometendo a produtividade dos profissionais envolvidos e o desempenho de outras tarefas.
Por outro lado, um software original pode ser baixado e instalado diretamente do site da desenvolvedora ou de um local designado por ela. Caso dê algum erro na instalação, é possível solicitar ajuda da central de suporte do programa e corrigir isso.
Como se proteger?
O uso de softwares em ambiente corporativos deve ser feito apenas após a obtenção da licença de uso ou de um documento fiscal que seja capaz de comprovar a aquisição da ferramenta por meios legais.
Quando isso não ocorre, a empresa não só pode ser penalizada pela reprodução não autorizada de um item protegido por direitos autorais, mas também se expor a uma série de problemas de segurança, desempenho e privacidade.
Contudo, mesmo que você não busque e nem use softwares piratas, há chance de que eles apareçam nos computadores da sua empresa, já que outras pessoas podem tê-los instalados.
Isso é ainda mais difícil de controlar em grandes organizações devido ao número alto de funcionários e computadores, mas existem alguns meios de identificar um software pirata.
É possível, por exemplo, verificar se um licenciamento foi feito em nome de outrem — o que pode ser considerado pirataria, já que uma licença geralmente é fornecida para apenas um indivíduo e não permite a cópia do programa para outros usuários.
Portanto, é bom checar as licenças adquiridas pela empresa e certificar-se de que estão dentro da legalidade.
Observe se os softwares da empresa têm notas fiscais e se foram adquiridos de fornecedores idôneos. Para não cair em ciladas, é importante pesquisar quais os canais oficiais de distribuição dos softwares que deseja e só comprar os programas e licenças por eles.
Avalie também qual a versão usada de cada software. Existem desenvolvedoras que fazem versões especiais exclusivamente voltadas para o ensino, ONGs e instituições sociais. Se os funcionários estão usando programas assim no contexto organizacional sem se encaixar em um desses casos, isso poderá ser classificado como pirataria.
O que é e qual a importância da gestão de ativos de software?
Do inglês Software Asset Management (SAM), a gestão de ativos do software corresponde a um conjunto de práticas, técnicas e diretrizes que visa otimizar o gerenciamento de softwares e licenças na empresa.
Ele é essencial para evitar problemas com a fiscalização, em especial com a que é feita pelos fornecedores de softwares. Eles têm incluído nos contratos de licenciamento cláusulas de auditoria como meio de analisar se os licenciados estão usando os programas conforme o que contrataram.
Essa prática é uma forma de avaliar se há evasão de receitas por conta do uso indevido de softwares contratados para outras finalidades. Isso inclui, por exemplo, reproduções ilegais em mais máquinas do que as licenças permitem.
Também abrange o emprego das soluções para atividades diferentes das combinadas no caso dos licenciamentos especiais — que possuem preços e condições diferenciados.
O SAM possibilita gerenciar os ativos de TI de forma adequada para não correr riscos com as desenvolvedoras, prevenindo processos judiciais e multas. Dessa forma, a empresa garante e preserva seus investimentos no parque de TI.
Outros benefícios incluem a minimização do uso ineficiente das tecnologias empresariais, análises de riscos em relação aos softwares usados e identificação e eliminação de programas pouco ou não utilizados.
Por fim, vale destacar que existem soluções de SAM no mercado que fornecem processos, metodologias e auxílio no monitoramento dos produtos instalados em sua rede.
Elas facilitam a administração de licenças, otimizam seus investimentos e ajudam a mapear detalhadamente todos os ativos de software da sua companhia para compará-las com os seus contratos de licenciamento.
O zelo com a qualidade dos ativos digitais de um negócio deve ser o mesmo que se tem com as máquinas e ferramentas de trabalho físicas. Ao garantir que toda a empresa tenha soluções originais, o nível de produtividade e inovação tende a se expandir a médio e longo prazo.
Diante desse cenário, sempre busque investir em soluções de software licenciadas. Elas podem ser programas com licença open source ou pagas por meio de modelos mais inovadores, como o SaaS, que é utilizado no Office 365. Em todos os casos, a empresa conseguirá garantir a criação de um ambiente de trabalho de alto desempenho e baixo índice de erros.
Quer aprender mais sobre como evitar software pirata e implantar uma boa gestão de ativos digitais? Entre em contato com nossa equipe para que possamos ajudar!