Apesar da queda no faturamento em dólar, Abes afirma que o faturamento do setor expandiu quase 10% frente ao ano anterior.
O mercado brasileiro de TI movimentou US$ 59,9 bilhões em 2015. A variação cambial fez a indústria amargar uma leve retração frente aos US$ 60 bilhões registrados no ano anterior.
Mas, apesar dos pesares – e desconsiderando essa desvalorização do Real frente ao Dólar – o setor cresceu 9,2% ao longo do ano. Pelo menos, é isso que defende um relatório recente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), encomendado junto à IDC.
Os projetos de software puxaram a média de crescimento de TI no ano passado para cima. O segmento movimentou US$ 12,3 bilhões no País ao longo do ano. Pelos números da pesquisa, isso representa um avanço de 30,2% o ano anterior.
Serviços de TI avançaram 8,2%, em relação ao ano de 2014, movimentando um total de US$ 14,3 bilhões. Já as vendas de hardware bateram a marca de U$ 33,4 bilhões, um crescimento de 6,3% no comparativo anual.
Considerando o território brasileiro, a região Sudeste representou 60% do mercado de tecnologia da informação. As regiões Nordeste (10%) e Centro-Oeste (10%) seguem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Líder na América Latina
Segundo a Abes, a indústria de TI no Brasil cresceu bem acima dos 5,6% da média mundial no período. De acordo com a associação, o país responde por quase metade (45%) dos US$ 133 bilhões gastos com tecnologia na América Latina.
Considerando TI e telecom, o mercado atingiu US$ 152 bilhões em 2015. O desempenho fez o País cair para a sexta posição no ranking global, atrás Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Reino Unido.
Cenário
Como tendência, a pesquisa aponta que a relação entre TI e a área de negócios das empresas irá se estreitar ainda mais, gerando a digitalização dos processos e integração das linhas de produção.
O estudo da Abes aponta que 54% das médias e grandes empresas no país pretende realizar investimentos na chamada Transformação Digital (DX) em 2016.
Além disso, as vendas de dispositivos tecnológicos permanecerão em alta, apesar das quedas recentes. Estima-se que no Brasil sejam adquiridos 40 milhões de telefones móveis, 6 milhões de computadores e 5 milhões de tablets até dezembro de 2016.
O levantamento ainda demonstra que, com a visibilidade da “Internet das Coisas” alcançada em 2015, o setor deve atingir US$ 4,1 bilhões só no Brasil, sendo que US$ 37 milhões correspondam apenas a dispositivos domésticos.
Outro fenômeno que chama atenção é o aumento de transações financeiras realizadas via mobile: os valores devem superar 30% do total de pagamentos realizados em 2016.
O relatório indica, ainda, que poucas tecnologias terão o crescimento que será experimentado pela computação em nuvem. De acordo com a pesquisa, até o final da década, haverá crescimento de 20% por ano na adoção desse tipo de solução.
A busca por eficiência nos negócios, produtividade e competitividade em empresas de todos os mercados da economia irá fazer com que a Tecnologia da Informação continue a ser um setor estratégico.
A expectativa para 2016, apesar do cenário desafiador no Brasil, é a de que este segmento cresça 3% contra um crescimento médio mundial de 2,4%, e o de TIC aumente um pouco menos, algo em torno de 2,6%.
Fonte: Computerworld