Especialistas são unânimes em afirmar que a questão não é mais se a sua empresa vai para a nuvem. A questão é quando irá começar a migração de sistemas e aplicativos. E, se esse processo ainda não faz parte da agenda do CIO, já é mais do que hora de definir quando será implantado o projeto e como será a estratégia de migração para a nuvem.
Estudo do Gartner aponta que, até 2020, empresas que não utilizam computação em nuvem serão tão raras quanto as que hoje não usam a Internet. Para os analistas do Gartner, até 2020, a migração para nuvem terá impacto direto ou indireto sobre uma porcentagem cada vez maior dos investimentos anuais em TI, transformando a computação em cloud em uma das forças mais disruptivas nos mercados de Tecnologia da Informação desde os primeiros dias da era digital.
A previsão de investimento em sistemas para data centers é de US$ 181 milhões até 2020. Os investimentos em serviços de IaaS (Infrastructure as a Service) dos sistemas em nuvem passarão de US$ 34 bilhões registrados em 2017 para US$ 71 bilhões em 2020. No final de 2020, esses gastos representarão 39% do total de custos com sistemas para data centers.
Mas como as empresas podem adotar modelos dinâmicos baseados em nuvem com segurança e eficiência, otimizando custos e ganhando mais competitividade? Uma correta estratégia de migração para a nuvem é que vai determinar o sucesso dos projetos.
Definindo a estratégia de migração para a nuvem
O primeiro passo para implantar uma estratégia de migração para a nuvem é identificar e avaliar aplicativos, dados e infraestrutura local, mapeando dependências entre aplicativos e definindo a prioridade de cada um para a migração na nuvem.
Também é importante avaliar os recursos que podem ser escalados ou reduzidos para cada aplicativo. Estabelecer prioridades e objetivos da migração é fundamental para guiar as tomadas de decisão.
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Com a ajuda de ferramentas de migração automatizadas é possível obter informações adicionais sobre o seu ambiente e suas dependências para desenvolver uma eficiente estratégia de migração para a nuvem.
Essa avaliação das etapas permite criar um modelo que poderá ser replicado no futuro, alinhado a aplicativos, locais ou setores dentro da organização. O ideal para agilizar o processo é começar a migração com aplicativos que tenham poucas dependências.
Para cada caso, uma abordagem
Após a primeira avaliação, especialistas indicam quatro abordagens para a estratégia de migração para a nuvem e modernização. São elas:
1 – Rehost
Também conhecida como “lift and shift”, essa opção sem código permite migrar os aplicativos rapidamente. Cada aplicativo é migrado “no estado em que se encontra”, sem os riscos ou custos de realização de alterações no código. Essa abordagem é indicada quando:
- É preciso migrar os aplicativos do data center para a nuvem rapidamente
- Os aplicativos estão arquitetados para aproveitar a escalabilidade de IaaS (Infrastructure as a Service)
- Os aplicativos são necessários para a continuidade dos negócios, mas a empresa não precisa alterar seus recursos imediatamente
- Os requisitos de aplicativos ou de bancos de dados podem ser atendidos apenas com o uso de uma máquina virtual de IaaS
- A TI precisa migrar o aplicativo sem alterações no código
2 – Refatorar
A refatoração, muitas vezes chamada de reempacotamento, envolve algumas alterações do aplicativo, mas nenhuma alteração substancial de seu código. O aplicativo tira proveito de produtos de IaaS e PaaS (Plataform as a Service). Essa abordagem é indicada quando:
- É preciso usar uma base de código existente e habilidades de desenvolvimento, e a portabilidade do código é uma preocupação
- A TI prefere modernizar os aplicativos rapidamente
- A empresa quer estimular a inovação contínua, tirando proveito dos contêineres e dos recursos de DevOps
3 – Rearchitect
Essa opção é usada modernizar o aplicativo, modificando ou estendendo a base do código para escalar ou otimizar o aplicativo antes da migração, garantindo uma arquitetura resiliente, altamente escalável e que pode ser implantada de maneira independente. Essa abordagem é indicada para:
- Aproveitar investimentos já realizados
- Incorporar novas funcionalidades
- Aplicar práticas de DevOps para melhorar a agilidade
4 – Rebuild
Essa abordagem privilegia a recompilação de um aplicativo usando tecnologias nativas na nuvem. Na plataforma de computação em nuvem do Microsoft Azure, por exemplo, a equipe de TI, em parceria com a equipe da Softline, conta com um ambiente completo de desenvolvimento e implantação na nuvem sem as despesas e a complexidade das licenças de software e sem a necessidade de infraestrutura subjacente do aplicativo, middleware e outros recursos.
Essa abordagem é indicada quando as equipes responsáveis pela migração:
- Precisam desenvolver rapidamente o aplicativo, já que o existente está atrasando processos por conta de funcionalidades limitadas e tempo de vida
- Estão prontas para criar novos aplicativos usando tecnologias nativas de nuvem
- Desejam criar aplicativos inovadores aproveitando os avanços em Inteligência Artificial, blockchain e Internet das Coisas
- Desejam acelerar a inovação nos negócios
- Querem aplicar práticas inovadoras de DevOps
Avaliando os riscos
Segurança em primeiro lugar, sempre. Ao definir a melhor estratégia de migração para nuvem, a sua empresa precisa avaliar as necessidades de segurança e de conformidade regulatória, principalmente em setores altamente regulados como os de Saúde e de Finanças, por exemplo, e planejar a sua implantação de forma adequada.
Segundo o estudo “Navegando por um céu nebuloso”, elaborado pela McAfee, empresa fornecedora de soluções de segurança e business partner da Softline, 97% das organizações de todo o mundo utilizam algum tipo de serviço na nuvem e buscam maior visibilidade e controle dos dados armazenados na nuvem. Veja abaixo alguns insights revelados pela pesquisa:
Fonte: McAfee – “Navegando por um céu nebuloso”
Fonte: McAfee – “Navegando por um céu nebuloso”
Outra questão importante é a definição de uma política de acesso robusta, implantando senhas com níveis de permissão (controle de acesso baseado em função) conforme a criticidade das informações, evitando o risco de vazamento de dados.
Ao migrar para a nuvem, controles internos de segurança devem ser acrescidos de controles externos, o que pode facilmente ser gerenciado em parceria com a Softline, aproveitando nossa expertise técnica e as soluções da plataforma Microsoft Azure, que contam com serviços integrados de segurança e de armazenamento de backup, além de ferramentas e os recursos de conformidade específicos para cada setor, definindo a configuração desejada das cargas de trabalho e identificando a criptografia de dados e regras de firewall ausentes.