As empresas brasileiras, enfim, estão acordando para a exportação de serviços de TI e esse é o ponto positivo da quarta edição do Censo de TI de 2015, realizado pela Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), em conjunto com a Federação Iberoamericana de Entidades de Tecnologia da Informação e Comunicação (Aleti).
O levantamento reuniu respostas de 950 empresas, de 23 países – espalhadas por quatro continentes. As companhias brasileiras correspondem a 55% do total da amostra, o que permitiu uma comparação do cenário local em âmbito regional e global.
“Mais de 80% das empresas brasileiras do setor nunca exportaram nenhum centavo e muito em função do próprio mercado interno. É um percentual muito elevado, especialmente, se comparamos com outros países da região onde essa marca e de 1/3 das empresas”, explica Roberto Carlos Mayer, diretor da MBI, empresa responsável pela consolidação dos dados do Censo de TI, e diretor de comunicação da Assespro Nacional e presidente da ALETI (Federação das Entidades de TI da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha.
Mayer diz que a postura das empresas brasileiras diante da exportação não deve ser avaliada com o um erro, mas, sim, como uma consequência da forma como a maior parte das empresas de software nasceu no Brasil. “Muitas são origens de spin offs( separação) de grandes empresas e trabalham para o desenvolvimento de um produto específico. Mas a nuvem está revolucionando todo o modelo. Se cloud abre espaço para empresas estrangeiras no país, também abre novas fronteiras para as empresas brasileiras. É hora de investir mais”, salienta Mayer.
Segundo dados do Censo de TI 2015, a grande maioria das empresas ainda não vende para o mercado externo (56%), mas o índice é menor do que o obtido em 2014 (64%). O mesmo fenômeno também acontece com as companhias brasileiras: 79% delas não exportaram em 2015, mas é um número quatro pontos percentuais menor do que 2014. “Tenho convicção que os dados de 2016 serão bem melhores”, afirma o diretor da Assespro.
O censo de TI 2015 também mostra que em um setor que valoriza startups, são as empresas maduras que compõem grande parte do mercado de tecnologia da informação: 55% das empresas foram fundadas ainda no século 20, ou seja, possuem mais de 15 anos de atuação na área. No Brasil, este número é um pouco maior: 60% estão nesta categoria. As oportunidades para as empresas brasileiras de TI na Era Digital vão ser debatidas no WCIT 2016, evento que ocorre de 03 a 05 de outubro, em Brasília.
Fonte: Convergência Digital
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