Computação cognitiva. Inteligência artificial. Robótica. A era digital chegou e está mobilizando as empresas do setor de produção. A pesquisa “Panorama Global do Setor de Produção 2016” (do original, em inglês, KPMG 2016 Global Manufacturing Outlook) realizada pela KPMG, motra que 25% por cento dos CEOs de empresas que atuam nesse segmento disseram que já investiram em impressoras 3D e tecnologias de fabricação aditiva.
Um número semelhante disse já ter investido em inteligência artificial e tecnologias de computação cognitiva. A Era digital e os seus desafios é o tema central do Congresso Internacional de Tecnologia da Informação, o WCIT 2016, que pela primeira vez acontece no Brasil, em Brasília, de 03 a 05 de outubro.
O levantamento mostrou também que o uso de robótica no chão de fábrica também tende a atrair investimentos significativos: 40% dos entrevistados da pesquisa disseram que certamente vão canalizar quantias significativas de investimentos em P&D para robótica nos próximos dois anos.
A pesquisa foi realizada pela KPMG com 360 executivos de alto nível em 14 países, entre eles, o Brasil e inclue informações como estratégias de crescimento, entrada em novos mercados e desenvolvimento de novos produtos e serviços, P&D, tecnologia e cadeia de suprimentos.
“As fabricantes estão evoluindo para indústria 4.0 e tornando-se mais digitais. Os investimentos em novas tecnologias de fabricação são uma forma de aprimorar a agilidade, a flexibilidade e a velocidade para entrar no mercado quando da elaboração e do lançamento de novos produtos e serviços — elementos críticos para as empresas do setor de produção vencerem no mercado”, afirma o diretor da KPMG, Ricardo Bacellar.
Quando perguntados sobre o quanto esperam gastar em pesquisa e desenvolvimento (P&D), 21% disseram que vão disponibilizar mais de 10% das receitas para essa finalidade nos próximos dois anos, e 49% afirmaram que deverão gastar 6% das receitas ou mais nesse período.
“Seja investindo em melhorias incrementais para os produtos existentes, seja criando novos produtos e serviços completamente novos, o que fica claro é que as fabricantes reconhecem que precisam urgentemente aumentar seus investimentos em inovação e P&D”, reforça o diretor.
Estratégia mais agressiva para entrar em novos mercados
Mais da metade dos CEOs de empresas do setor de produção que participaram da classificou a estratégia de crescimento adotada como agressiva e mais de 16% disseram que ela é muito agressiva. O estudo também apontou que 74% dos entrevistados relataram o crescimento como uma prioridade alta ao longo dos próximos dois anos, num mercado de competição pela participação acirrada.
O levantamento mostrou ainda que os CEOs participantes têm planos para concretizar os objetivos de crescimento por meio de múltiplos canais. Segundo a pesquisa, eles preferem um crescimento de forma orgânica (61%) em oposição a atividades de fusão e aquisição (40%), e maior parte deles alega que aproveitará as oportunidades de entrar em novos mercados e de fazer mudanças nos pacotes de serviços e produtos atuais.
De acordo com diretor da KPMG, Ricardo Bacellar, existem competições acirradas sendo disputadas em cada fragmento da participação de mercado disponível. “As fabricantes precisam fazer alguma coisa diferente caso queiram vencer a disputa pela participação de mercado no ambiente de hoje”, esclarece.
Noventa e dois por cento dos entrevistados disseram que estão intensificando o foco na entrada em novos mercados ao longo dos próximos dois anos. Quarenta e três por cento dizem que a principal motivação em relação a investimentos estrangeiros é capitalizar oportunidades de produção de custos mais baixos e 34% dizem que é obter acesso a novos mercados.
Já com relação aos planos de mudanças da gama de produtos, mais da metade (56%) disse que fará investimentos significativos para lançar um ou mais novos produtos no mercado; Trinta e nove por cento disseram que investirão no lançamento de um ou mais novos serviços.
A pesquisa “O Panorama Global do Setor Produção 2016” (do original, em inglês, KPMG’s 2016 Global Manufacturing Outlook) foi conduzida pela Forbes Insights, no início deste ano, com 360 executivos de alto nível. Os entrevistados atuam em seis setores industriais (aeroespacial e de defesa, automotivo, conglomerados, dispositivos médicos, produtos Industrial e de engenharia e de metais) e estão localizados nas Américas, Europa e Ásia.
Os países participantes foram Austrália (10), Brasil (12), Canadá (13), China (36), França (10), Alemanha (40), Índia (38), Japão (34), México (11), Países Baixos (13), Rússia (12), Coreia do Sul (10), Reino Unido (41) e Estados Unidos (80). Para ter acesso à pesquisa na íntegra, basta clicar no link www.kpmg.com/gmo.
Fonte: Convergência Digital
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