Qual a importância da cultura organizacional para o sucesso de uma empresa, eis a questão. Peça fundamental no que se refere aos caminhos a serem tomados e também ao comportamento dos colaboradores, o ponto a destacar é que se você não desenvolvê-la, ela se desenvolverá sozinha.
E é justamente aí onde mora o problema, pois, ao permitir que ela se desenvolva por conta própria, você assume um grande risco. É bem verdade que a tarefa de determiná-la é normalmente atribuída aos próprios fundadores, porém, dependendo das características de comando da companhia, são os envolvidos na liderança do negócio os responsáveis por implementá-la.
Como parte desse grupo, é seu dever não apenas entendê-la, mas respeitá-la e fazer com que seja respeitada pelos demais. E o porquê disso? A resposta: porque a cultura organizacional é um dos fatores mais importantes para o ganho de credibilidade perante o mercado.
De qualquer maneira, este artigo foi preparado para apresentar tudo que você precisa saber sobre o assunto. Não perca a leitura!
O que é cultura organizacional?
Primeiramente, é preciso compreender o que é cultura organizacional. De forma clara e objetiva, pode-se interpretá-la como a essência da empresa, a qual é expressa pelo modo como os negócios são realizados e pela forma como seus clientes e funcionários são tratados.
Em outras palavras, nada mais é do que uma expressão de identidade, considerada por muitos como o lado humano de uma organização. Crenças, valores, hábitos, estratégias e rotinas, enfim, tudo isso (e mais um pouco) pode ser incorporado nesse contexto.
O termo “cultura organizacional” se tornou conhecido em 1982, quando Edgar Schein, PhD em Psicologia Social por Harvard e ex-professor do MIT Sloam Scholl of Management, o explanou como um padrão de princípios básicos compartilhados e aprendidos por um grupo.
Quais são os tipos de cultura organizacional?
Visto o conceito, vamos agora aos tipos de cultura organizacional. De acordo com as pesquisas realizadas pelos professores Robert E. Quinn e Kim S. Cameron, da Universidade de Michigan, cada empresa tem suas particularidades culturais.
Entretanto, o que poucos sabem é que todas elas combinam quatro tipos diferentes sobre um “estilo” principal. A seguir, veja de que maneira elas são categorizadas:
Cultura do Clã
Enraizada na colaboração, a cultura do clã é aquela em que os membros compartilham os pontos comuns e se veem como parte de uma grande família. A liderança, por sua vez, assume o papel da orientação, baseada em compromissos e tradições.
Trabalho em equipe, comunicação e consenso são os atributos desse modelo, visto que se concentra na construção de relacionamentos respeitosos com os funcionários, clientes e fornecedores.
Cultura da Adhocracia
A cultura da Adhocracia tem na sua natureza a energia e a criatividade. Os colaboradores são encorajados a assumirem riscos e os líderes são encarados como verdadeiros empreendedores.
Mantida pela experimentação, esse tipo de cultura organizacional enfatiza a engenhosidade individual, privilegiando a inovação e a liberdade.
Cultura de Mercado
Na cultura de mercado, o foco está na dinâmica da concorrência e na obtenção de resultados concretos. Seu olhar se direciona para os objetivos, com líderes duros e exigentes.
As companhias que a adotaram como estilo principal são movidas por um enorme desejo de sucesso, procurando vencer todos os concorrentes. Quanto aos preceitos, a ideia consiste na rentabilidade do negócio e nas cotas de mercado, buscando o poder e o domínio do setor.
Cultura da Hierarquia
A última delas é a cultura da hierarquia, fundamentada em estrutura e controle. O ambiente de trabalho é formal, geralmente com rigorosos procedimentos institucionais.
Coordenação e monitoramentos organizados são os alicerces da liderança, sempre salientando a eficiência e a previsibilidade. As empresas que a têm na sua raiz buscam consistência e uniformidade.
Para fortalecer o seu entendimento acerca do estudo, foi revelado que é difícil para as organizações compartilharem características dos quatro tipos culturais sem que nenhum seja o dominante.
Quando é interessante mudá-la?
Sem mais delongas, é interessante mudar a cultura organizacional quando:
- o clima do ambiente de trabalho não estiver saudável (fofocas, excesso de competitividade, discussões etc);
- os colaboradores estiverem insatisfeitos e sem motivação;
- os erros não forem assumidos;
- houver uma alta rotatividade de funcionários.
Além disso, perdas financeiras expressivas, problemas graves de qualidade e até mesmo a aquisição de novos clientes podem ser motivos para uma mudança, que só poderá ser feita com sucesso se os líderes:
- clarearem os objetivos, valores e princípios;
- tiverem uma percepção exata dos produtos e serviços;
- permitirem que a comunicação interna entre as diversas esferas possa acontecer de modo simples e aberto;
- estiverem abertos a novas ideias;
- estimularem o aprendizado;
- oferecerem desafios e oportunidades de crescimento profissional.
Qual a importância da cultura organizacional?
Antes de concluirmos, mostraremos quais são os benefícios da cultura organizacional para que você entenda a importância para o crescimento da empresa.
A primeira observação a fazer é que todos os tipos podem trazer excelentes resultados. A questão, diante disso, é a aplicação dos padrões éticos e morais, permitindo que as pessoas interajam entre si de um jeito totalmente harmonioso.
Crenças e ideologias diferentes precisam ser aceitas por todos, isso é essencial para uma rica formação cultural. Porém, uma boa cultura organizacional traz ainda uma série de outras vantagens, incluindo:
- competitividade interna saudável e em prol dos reais interesses da companhia;
- senso de direção a respeito das metas e políticas de relacionamento;
- melhora da produtividade;
- redução de problemas;
- aumento da satisfação e dos níveis de comprometimento dos trabalhadores.
Com isso, o que se espera é a obtenção de melhores resultados e a conquista de uma posição mais elevada no mercado, contribuindo, assim, para o desenvolvimento e a evolução do negócio.
Para finalizar, é necessário dizer que a contratação de novos colaboradores deve respeitar os princípios estabelecidos como parte da cultura organizacional.
É bem verdade que encontrar quem compartilhe exatamente dos mesmos valores não é tão fácil assim, contudo, o importante é considerar as semelhanças e eliminar os candidatos que em nada se parecem com o propósito cultural.
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