Total de receita é 38% maior que o registrado em 2014. Foram 2,77 milhões de pedidos no total, com ticket médio de R$ 580
A consultoria e-Bit acaba de divulgar o balanço da Black Friday, confirmando o recorde de vendas para o e-commerce desde a chegada da data de promoções ao Brasil. O faturamento atingiu a casa de R$ 1,6 bilhão na sexta-feira, um crescimento nominal de 38% em relação à edição de 2014, quando chegou a R$ 1,16 bilhão.
Foram 2,77 milhões de pedidos no total, um volume 24% maior que o ano passado no período, com ticket médio de R$ 580, uma alta de 11%. Outro destaque da data foram as vendas realizadas por dispositivos móveis (smartphones e tablets), que representaram 9% do resultado ou R$ 140 milhões e 11% dos pedidos, 311 mil.
No total, 1,64 milhão de e-consumidores fizeram pelo menos uma compra nas 24 horas da sexta-feira e o prazo médio de entrega prometido pelas lojas foi de 13 dias corridos para as ofertas de Black Friday. A categoria com a maior fatia da receita foi a de Telefonia/Celulares (22,3%), seguida muito de perto por eletrodomésticos (22%) e eletrônicos (20,8%).
Do ponto de vista de volume de pedidos, a ordem se inverteu e o maior número ficou com eletrodomésticos (17,2%), seguidos de Telefonia/Celulares (16,6%), e eletrônicos (9,2%). A categoria de informática ficou em quarto lugar na receita (13,3%) e quinto lugar no número de pedidos (9%)
Balanço da ClearSale
Os dados do e-Bit/Buscapé batem com os divulgados pelos organizadores da Black Friday, considerando apenas as lojas cadastradas pelo Busca Descontos, organizador do evento. De acordo com a ClearSale, a edição de 2015 movimentou R$ 1,536 bilhão
A cifra é maior que a projeção feita pelas empresas em outubro,- que foi de R$ 978 milhões – e também representa um crescimento de 76% em relação a 2014, que movimentou R$ 872 milhões. O levantamento mostra ainda que foram realizadas 3.122.843 milhões de transações durante a ação, 49% a mais que o ano passado.
“Mesmo com o cenário econômico instável, o consumidor aproveitou a data para economizar e antecipar as compras de Natal, por isso conseguimos alcançar um número tão expressivo”, comenta Juliano Motta, diretor geral da BlackFriday.com.br.
“O aumento do faturamento também pode ser explicado pelos investimentos dos varejistas na data, principalmente em tecnologia, fazendo com que os sites não ficassem fora do ar e fortalecendo a importância do relacionamento com o consumidor”, afirma Omar Jarouche, gerente de inteligência estatística da ClearSale.
Fraudes
No que diz respeito as fraudes na Black Friday, a ClearSale informa que, no total, R$ 4.998.990 foram evitados em perdas. No Sudeste, foram R$ 2.657.156 em fraudes evitadas. No segundo lugar ficou o Nordeste, com R$ R$ 1.056.251, seguido por Centro-Oeste (R$ 592.778), Sul (R$ R$ 475.285) e Norte (R$ 193.982).
De acordo com Jarouche houve um aumento de fraudes evitadas de 2014 – que foi de R$3058.936 – para 2015 apenas por conta do elevado número total de pedidos. “Os criminosos tentam fraudar todo o tempo, seja em datas especiais ou não, mas felizmente o número de bons compradores é sempre maior e não há com o que se preocupar, pois existem empresas especializadas em prevenir as fraudes na internet”, complementa.
Volume de vendas por região, gênero e faixa etária
O ranking com mais vendas entre as regiões do país foi ocupado em primeiro lugar pelo Sudeste, com R$ 970 milhões, seguido Nordeste (R$ 220,2 milhões), Sul (R$ 211,5 milhões), Centro-Oeste (R$ 101,9 milhões ) e Norte (R$ 32,2 milhões).
Dentre as cidades, a primeira posição fica com São Paulo, com R$ 194,2 milhões, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 116,6 milhões), Belo Horizonte (R$ 34,8 milhões), Brasília (R$ 32,8 milhões), e Curitiba (R$ 23,1 milhões).
Já na divisão entre gêneros, 53% das transações foram feitas por homens, enquanto as mulheres responderam por 46% da fatia. Enquanto isso, na distribuição por idade, a faixa entre 31 e 40 anos foi a que mais consumiu – ficando com 33% do bolo. As pessoas entre 41 ou mais vieram logo em seguida, com 29%.
Por fim, as categorias com mais transações registradas foram Eletrodomésticos (R$ 370,8 milhões), Celulares e Smartphones (R$ 327,8 milhões), Eletrônicos (R$ 240,1 milhões), Informática (R$ 146,9 milhões) e Móveis (R$ 74,1 milhões).
Fonte: computerworld