Com cerca de 90 por cento das empresas usando alguma forma de cloud, é seguro dizer que a tecnologia tornou-se esteio para a TI. Mas os desafios de integração continuam os mesmos
A nuvem já se tornou um dos pilares em departamentos de TI. Pesquisa recente da RightScale mostra 93 por cento das empresas utilizando cloud, de uma forma ou de outra. Mas nem tudo é um mar de rosas após a migração e a integração inicial. Muitas empresas consideram que a segunda onda de adoção de cloud é tão difícil quanto a primeira.
A pesquisa da RightScale entrevistou 930 profissionais de TI sobre a adoção atual e os planos futuros envolvendo computação em nuvem. Os resultados revelam que 88 por cento das empresas estão usando a tecnologia de nuvem pública e 63 por cento estão usando a nuvem privada; 82 por cento têm uma estratégia de nuvem híbrida ( percentual acima dos 74 por cento de 2014). Uma clara indicação de que a nuvem já se tornou um ingrediente essencial da TI moderna.
Desafios de integração
“Grande parte dos custos e do esforço de qualquer projeto de TI está relacionada com integração. Na computação em nuvem não é diferente. E a integração em nuvem pode ser ainda mais desafiadora, já que requer APIs web muitas vezes desconhecidas pela equipe técnica” diz Seth Robinson, diretor sênior de análise de tecnologia da CompTIA.
Para complicar ainda mais as coisas, muitas empresas já extrapolaram o uso da nuvem para funções não críticas, como marketing ou CRM, recorrendo à tecnologia de cloud computing para o armazenamento de dados valiosos. A pesquisa da RightScale revelou que 20 por cento dos entrevistados estão executando suas cargas de trabalho empresariais a partir da nuvem e mais da metade – 55 por cento – dizem que seus aplicativos corporativos são construídos em tecnologia cloud friendly, dando às empresas um monte de espaço de manobra para, eventualmente, movê-los para a nuvem.
Migrações secundárias
As razões para as migrações secundárias varia. Os usuários podem estar em busca de melhores ofertas e características, maior segurança, menor custo ou desejando usar padrões abertos.
“Se as empresas estão à procura de uma maior conformidade e governança corporativa, elas podem mudar para um modelo híbrido para obter o melhor de ambos os mundos. Podem usar a nuvem para obter informações não-sensíveis e não-críticas, que podem armazenar por um custo menor. Mas vão manter os dados sensíveis em uma nuvem privada ou on-premise para que tenham maior controle. É uma decisão estratégica”, diz Arindam Ray Chaudhuri, COO, AgreeYa Solutions.
Às vezes, as organizações precisam alternar entre nuvens públicas e nuvens híbridas (com alguns dados na nuvem pública e alguns sistemas residentes on-premise). Cada migração traz uma onda adicional de desafios de integração.
A pesquisa da RightScale revela ainda que 43 por cento das empresas nas quais os profissionais entrevistados trabalham oferecem um portal de auto-serviço para usuários negócios e 41 por cento planejam ter um portal.
Com alguns cliques do mouse, quase qualquer departamento pode acessar, comprar e usar serviços baseados em nuvem, muitas vezes sem entender como essas aplicações ou serviço se integram com outras tecnologias disponíveis on-premise.
Isto cria ainda maiores dificuldades de integração, já que a maioria dos usuários finais não têm habilidades para integração, descamação, provisionamento e tecnologias de administração.
Organizações que já lidam com os desafios de integração secundárias muitas vezes acreditam que ter um arquiteto de nuvem, dedicado, é essencial para o sucesso, diz Gillett. Arquitetos de nuvem têm as habilidades de instalação, dimensionamento, provisionamento e administração necessárias, e são hábeis em melhores práticas de segurança, também. “Esta é uma posição crucial para a maioria das organizações”, diz Gillett.
A maioria dos entrevistados acredita também que as empresas que enfrentarem a tempestade atual e encontrarem o equilíbrio certo entre as soluções de nuvens públicas, privadas e híbridas vão estar em vantagem competitiva.
Fonte: CIO