Você sabia que o prejuízo gerado por vazamento de dados no Brasil é de mais de 30 milhões no ano e que somos o quarto país com mais ataques cibernéticos no mundo? Esse número é crescente, o que tem levado as organizações de todo o mundo a aumentar o investimento em segurança da informação.
Existem diferentes soluções que ajudam a evitar que o vazamento ocorra e a empresa sofra com isso. Entre elas, a educação do time, a melhora da infraestrutura de TI e a construção de um Plano de Recuperação de Desastres (DRP — Disaster Recovery Plan, em inglês).
Mesmo assim, nenhuma empresa está 100% segura. Por isso, também é importante saber como lidar caso um ataque cibernético ocorra ou informações sejam vazadas por outros meios — como funcionários que compartilham dados de forma ilegal.
Pensando nisso, colocamos abaixo as melhores formas de evitar o vazamento de dados e como lidar com esse problema quando ele acontece, minimizando as perdas do negócio. Leia até o final para conferir!
Como evitar o vazamento de dados na empresa?
Antes de mais nada, vamos começar com as medidas para evitar que esse problema aconteça na empresa. Abaixo as melhores práticas usadas no mercado. Confira!
Restrição de acesso
O primeiro procedimento que pode ser usado é a restrição de acesso aos funcionários. O indicado é que cada profissional possua acesso apenas às informações que necessita para cumprir suas funções.
Para isso, adote sistemas com validações de acesso, como senhas e biometrias. O acesso físico a ambientes importantes também pode ser restrito, feito apenas com permissões, chaves e cartões de entrada.
Política de Segurança da Informação (PSI)
A PSI é um documento que indica as normas, boas práticas, procedimentos e tecnologias indicadas para lidar com as informações da empresa. Ela deve ser apresentada para todos os colaboradores da organização.
Esse documento é importante para orientar os funcionários e também garantir punições, quando necessário. Seu conteúdo deve apresentar quais sanções são aplicadas quando as diretrizes não são atendidas.
Backups periódicos
Realizar backups de forma periódica também é uma prática importante para prevenir a perda de informações, evitando que elas sejam comprometidas em momentos de falha de sistema ou ataques cibernéticos.
O ideal é que ele seja feito dentro de um padrão de execução, ou seja, seguindo uma rotina de armazenamento. Além disso, é indicado o uso de serviço em nuvem ou Sistema Cloud — considerado mais seguro, eficiente e prático, quando comparado com ambientes físicos.
Tecnologias de segurança da informação
Existem diversas soluções em TI que ajudam as organizações a protegerem seus dados. O ideal é adotar uma ou mais delas em seus processos. Algumas tecnologias usadas são:
- armazenamento em cloud;
- dados criptografados;
- assinaturas eletrônicas;
- seguranças de conexão;
- sistemas e softwares originais;
- antivírus e antispywares.
A escolha deve ser feita considerando a infraestrutura e necessidades de cada negócio. Existem soluções de segurança focadas em segmentos e empresas específicas, como softwares para transações bancárias de e-commerces, por exemplo.
Contratos de confidencialidade
Como falamos, nem todo vazamento de dados é feito por meio dos ataques cibernéticos. Muitos funcionários podem ser responsáveis por compartilhar informações confidenciais da empresa. Por isso, é importante fazer contratos de confidencialidade.
Esses documentos garantem que as pessoas envolvidas num processo sigiloso não vazem suas informações. Caso elas o façam, o contrato possui validade jurídica e a empresa pode acionar a Justiça e ser ressarcida de seu prejuízo.
Plano de Recuperação de Desastres
Por fim, o Plano de Recuperação de Desastres é um documento que indica o processo ideal de recuperação de serviços de TI após um evento extremo. Seu objetivo é minimizar as perdas e garantir que a empresa retorne à situação normal o quanto antes. Para isso, ele atender aos seguintes requisitos:
- prover um ambiente seguro e colaboradores preparados para um desastre;
- reduzir perdas financeiras num evento de desastre;
- identificar as áreas e processos do negócio que necessitam maior suporte em momento de desastre;
- levantar as fraquezas dos processos e criar um programa que minimize suas inseguranças;
- reduzir o tempo de paralisação ou anormalidade em momento de desastre;
- facilitar e coordenar as ações de correções;
- simplificar processos de recuperações.
O que fazer quando o vazamento ocorre?
Como falamos, mesmo com diversas medidas de proteção, nenhuma empresa está 100% segura do vazamento de dados. Por isso, é importante ter um processo que lida com o problema de forma correta. Colocamos abaixo um passo a passo para usar na sua empresa. Confira!
Detecção
O primeiro passo para lidar com problemas de segurança é fazer a detecção dos mesmos. Dessa forma, é importante que a empresa tenha um mecanismo de monitoramento que avalia os processos e identifica atividades maliciosas ou suspeitas, emitindo um alerta para o time de TI. Isso pode ser feito com uma empresa especializada ou com um sistema desenvolvido pela própria equipe da organização.
Triagem
Nessa etapa são avaliados os alertas gerados para o time, identificando se existe um incidente real ou se é apenas um falso positivo. São três caracterizações:
Log: ações registradas no ambiente de TI, como logins, acessos e alterações em configurações;
Alertas: são potenciais incidentes, gerados pela correlação dos logs e padrões de segurança;
Incidente: violação ou ameaça iminente a segurança dos dados da empresa, pode ser uso indevido de informações, quedas em sistemas, destruição de arquivos ou acessos indevidos.
Contenção
Quando um incidente é identificado, é necessário ter ações de resposta imediata ao problema, contendo seus dados. Isso é importante para reduzir os danos e evitar que ele tome maiores proporções. Essa é uma solução temporária, somente para que o incidente seja contido.
Investigação
Agora, é preciso realizar a investigação e determinar a causa raiz do vazamento de dados. Para isso, é necessário mapear a infraestrutura e analisar todas as ações em volta da ocorrência. Normalmente, ataques deixam rastros, basta que a equipe saiba como encontrá-los.
Erradicação
Por fim, a Erradicação é a última etapa do processo e pode ser entendida como o momento que sana o problema de vez. Para isso, é necessário seguir as medidas definidas no DRP, identificando qual o motivo do vazamento e quais processos devem ser tomados para que ele não ocorra novamente.
Usando esse processo, sua empresa lida melhor com os momentos de crise gerados por um ataque cibernético e o vazamento de dados. Dessa forma, os possíveis prejuízos são minimizados, bem como os impactos posteriores.
Além disso, lembre-se que existem diversas medidas que podem ser adotadas para evitar esse problema. Entre elas, a criação de um PSI, DRP e a adoção de tecnologias de proteção.
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