No Brasil, a transformação digital ainda “está engatinhando”, segundo um estudo divulgado pela Softex em novembro. A pesquisa “Prioridades dos executivos de TIC brasileiros para transformação digital” destaca que entre os 101 CIOs entrevistados, 73,2% admitiram estar iniciando esse processo e a Internet das Coisas figura como a principal tecnologia emergente na questão sobre intenção de adoção, com 23,8% dos projetos previstos para entrar em desenvolvimento no prazo de três a 12 meses.
Em relação à motivação para a adoção da transformação digital, 44% admitem considerá-la para manter a sua competitividade, 38% para conserva da liderança nesta era hiperdigital, 6,9% por pressão de clientes e consumidores, e 1% para otimizar os processos e a qualidade da prestação de serviços. Entre os CIOs ouvidos, 9% não sabem ou não informaram o motivador.
Para os CIOs, esse cenário tanto é um desafio quanto uma vantagem. Se por um lado será preciso repensar a infraestrutura de TI, por outro será possível selecionar parceiros e soluções mais adequadas para cada estágio da maturidade digital da empresa e entregar valor de negócio.
As soluções de IoT reúnem uma série de tecnologias, algumas que já fazem parte da infraestrutura de TI e outras inteiramente novas. Cada solução tem o seu próprio tempo de desenvolvimento que, quando combinados, podem criar um ambiente complexo e em constante evolução.
Veja, na prática, como PREPARAR SUA INFRAESTRUTURA PARA A INTERNET DAS COISAS
Sam George, Diretor de Parceiros do Azure IoT, destaca que “a Internet das Coisas está rapidamente se tornando um aspecto importante de negócio. Da mesma forma que a web, as tecnologias móveis e em nuvem têm impulsionado a transformação digital, a IoT é o próximo grande catalisador.
“No entanto, embora a IoT traga um novo conjunto de benefícios para as empresas que querem manter uma vantagem sobre a concorrência, também traz desafios – soluções IoT ainda podem ser complexas, e a escassez de habilidades dificulta o aproveitamento dessa inovação”.
Desafios existem para serem superados
Então, o primeiro desafio talvez seja evoluir a infraestrutura de TI e integrar as novas tecnologias de Internet das Coisas aos ambientes e sistemas legados. Os custos iniciais podem até parecer altos – soluções de IoT requerem, por exemplo, mais do que uma arquitetura de servidor normal como a usada para rodar um aplicativo Web – mas o mercado já oferece plataformas – como a Microsoft Azure para IoT – que reduzem a complexidade dessa integração, reduzindo custos e acelerando as iniciativas de IoT.
Analistas do Gartner destacam como um dos maiores desafios para a infraestrutura de TI e a implantação de soluções de Internet das Coisas a necessidade de identificar quais formas de integração são necessárias para um equipamento conectado à IoT.
Benoit Lheureux, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner, ressalta que "alcançar a integração completa para ativos conectados à IoT é provavelmente mais desafiador do que você pensa, porque envolve muitos terminais diferentes da TI. Além dos terminais de IoT em si, esses ativos podem precisar ser conectados a um gateway de IoT, que agrega os dados de sensores e os envia para uma plataforma de IoT que possa fornecer os recursos de TI necessários para administrar o consumo de dados, Analytics, entre outros".
Um dos produtos que faz parte da plataforma Azure oferecida pela Softline em parceria com a Microsoft é o serviço Hub IoT, que permite conectar, monitorar e gerenciar com segurança bilhões de dispositivos para desenvolver aplicativos IoT em vários protocolos.
Segurança é um desafio
Além dos desafios que envolvem a infraestrutura de TI, protocolos diversos, entre outros, o sucesso da implantação de soluções IoT depende da oferta de robustas tecnologias e políticas de segurança, já que os hackers cada vez mais aproveitam brechas em dispositivos IoT para invadirem redes de grandes bancos e efetuarem outros ataques.
Os dispositivos precisam ser autenticados e os dados devem trafegar criptografados, garantindo a segurança da operação da solução de IoT de ponta a ponta, com políticas robustas de autorização e de acesso. A plataforma Azure para IoT permite configurar identidades individuais e credenciais para cada um dos dispositivos conectados, mantendo a confidencialidade das mensagens de nuvem para dispositivo e de dispositivo para nuvem.
Além disso, Sam George destaca que “o Azure IoT agora suporta os padrões de segurança Device Identity Composition Engine (DICE) e Hardware Security Module (HSM). O padrão DICE permite às indústrias usar portas de silício para criar uma identificação de dispositivo baseada em hardware, tornando o hardware de segurança parte do DNA de novos dispositivos a partir do zero. Os HSMs são a principal tecnologia de segurança usada para proteger a identidade de dispositivos e fornecer funcionalidades avançadas, como atestado de dispositivo baseado em hardware e provisionamento ‘zero-touch’”.
Nem sempre os recursos internos são suficientes
Outro desafio enfrentado pelos CIOs é a dificuldade de contar com toda a expertise necessária internamente, já que as soluções de Internet das Coisas envolvem diversas áreas.
Lheureux assegura que a falta de conhecimento, no entanto, não significa que um projeto de IoT não possa acontecer. Como alternativa ao "faça você mesmo", muitas organizações caminham em direção à IoT por meio de ofertas integradas de provedores de serviço gerenciado de IoT.
Como único distribuidor de produtos Microsoft com foco em IoT, a Softline traz para os clientes no Brasil toda a sua experiência global em serviços e infraestrutura de TI para a implementação da arquitetura de Internet das Coisas.