Tudo o que você precisa saber sobre monitoramento de EPIs.
Quando um trabalhador, - seja do setor da indústria de manufatura, construção civil, ou de qualquer outro setor com um serviço que apresente um risco de acidente de trabalho -, é contratado ele recebe um kit de EPIs com um Termo de Uso e Responsabilidade e, um treinamento do uso dos equipamentos. Porém, somente isto não é suficiente para garantir o uso e a segurança do trabalhador, é preciso ter um plano de monitoramento eficaz.
Andando pelos corredores de uma fábrica, você já deve ter visto alguns trabalhadores usando os óculos de proteção de maneira inadequada, há ainda alguns operários que insistem em não utilizar os capacetes de proteção acreditando que não estão sob o risco de um acidente de trabalho. Claro que esta atitude pode gerar um tremendo risco para a própria vida do trabalhador, como perda de produtividade para a empresa. E segundo a NR-6 item 6.6.1 é de responsabilidade do empregador exigir e fiscalizar o uso de EPIs.
Possivelmente, se a indústria tem 20 funcionários a fiscalização pelo uso de EPI não é algo que demanda muito esforço, mas imagine uma construção civil com mais de 300 trabalhadores? Ou uma indústria que trabalhe com a escala 24/7? Neste caso, somente boa vontade em garantir a segurança de seus colegas não é o suficiente, é preciso ter um plano de monitoramento de EPIs.
Histórico de Monitoramento.
Uma empresa séria baseia suas decisões em dados e no histórico de suas ações. Não deve ser diferente para monitorar o uso de EPIs. Com o histórico em mãos o inspetor da área tem como avaliar os acertos e falhas e tomar suas decisões, um erro constante pode não só causar problema para o trabalhador, mas para toda a empresa.
Ou seja, monitorar o uso de EPIs é uma maneira de proteger os direitos dos trabalhadores, e se alinhar a legislação trabalhista.
Controle para não descontrolar.
O risco de um acidente em uma indústria é constante, imagine se um pedaço de ferro atinge a cabeça de um trabalhador e ele se fere gravemente, e depois descobre-se que a causa foi a falta de monitoramento, tanto do uso de EPIs quanto na segurança do ambiente de trabalho. Com certeza a falta de controle dos EPIs não poderá servir como desculpa para o trabalhador, mas poderá gerar para a empresa alguns processos judiciais trabalhistas. Inspecionar sem um controle formal é muito arriscado e não gera provas da sua atuação. Você pode e até deve ter um controle em uma planilha, mas nem sempre é a solução eficaz.
IoT e os EPIs.
O conceito IoT (Internet das Coisas) está presente em nosso dia a dia mais do que imaginamos, então, por que não poderia estar nos EPIs? Usando um sistema que integra Internet e Inteligência em capacetes, luvas, cintos de segurança, óculos de proteção, roupas antichamas, coletes, botas e outros equipamentos, é possível transmitir em tempo real o uso correto destes acessórios, a situação de risco e até de produtividade do trabalhador, quantificado o tempo trabalhado e a permanência dele na área.
A Integração do IoT com EPI é um caminho sem volta e para que esta solução seja eficaz é essencial o investimento em bons parceiros de TI. Há 10 anos havia cerca de 6 bilhões de equipamentos conectados, a estimativa é que em 2021 sejam mais de 50 bilhões em todo o mundo.