Você conhece as principais metodologias para a gestão de projetos em TI?
Quando pensamos nos processos empresariais, as metas, as expectativas e os prazos vêm logo à mente. No entanto, para coordenar todas as demandas, surgem as metodologias para gestão de projetos. Neste post vamos conhecer algumas delas, que se estendem também às empresas de TI.
Já sabe qual é a metodologia que melhor se adapta ao seu projeto e às suas características? Preparamos um conteúdo especial para que você conheça as opções mais aplicadas no mercado. Confira!
Qual é a importância das metodologias para a área de tecnologia?
Apesar de operarem sob condições especiais de desenvolvimento, as empresas de tecnologia de informação se beneficiam da gestão de projetos como qualquer outro negócio. Nesse sentido, a área de TI demanda a utilização de ferramentas de gerenciamento para aumentar a produtividade das equipes, fidelizar clientes e administrar os processos gerais.
Os empreendedores do ramo estão cada vez mais cientes da importância de se trabalhar com a orientação adequada para projetos. Afinal, empresas de tecnologia não estão imunes a fatores como a falta de agilidade no cumprimento de metas e a insatisfação dos clientes com os gastos e prazos.
Quais são as metodologias tradicionais?
Antes, é preciso diferenciar entre as ferramentas tradicionais e o desenvolvimento ágil de software. As opções tradicionais realizam todo o processo de planejamento, entregando as previsões mesmo antes do início efetivo dos trabalhos.
No método convencional, é utilizada uma ordem linear de procedimentos, com prazos bem delimitados de metas a cumprir. Desse modo, a equipe de planejamento trabalha em cada uma das etapas na ordem em que elas foram posicionadas no planejamento. Esse processo sequencial é conhecido como cachoeira — ou waterfall, nos manuais em inglês.
Os frameworks PMI e PRINCE2 são exemplos consolidados das abordagens tradicionais. Vamos conhecê-los a seguir.
PMI
Desenvolvido pelo Standards Committee e gerido pela organização Project Management Institute, o PMI não é propriamente uma metodologia, mas uma padronização aplicada com sucesso nas indústrias.
Esse modelo analisa e mapeia processos, técnicas, regras e áreas de conhecimento. É uma das bibliografias mais importantes do gerenciamento de projetos, já que engloba os principais aspectos que podem ser incluídos nesse contexto. As melhores práticas para o gerenciamento são reunidas em um guia conhecido como Project Management Body of Knowledge (PMBOK).
As práticas do PMI/PMBOK proporcionam o gerenciamento otimizado dos projetos e têm papel efetivo na coordenação. Elas permitem, ainda, o estabelecimento de um fluxo agilizado de informações e ações na empresa, gerando aumento da produtividade, redução geral de custos e satisfação dos colaboradores e clientes.
PRINCE2
O PRINCE2, sigla para Project In a Controlled Environment, é um método bastante recorrente. Apresenta características que se adaptam a qualquer tipo ou escopo de projeto, cuidando não só do controle, mas do gerenciamento e da organização geral. São características principais de um projeto que adote o PRINCE2:
- controle e organização em todas as etapas;
- revisão regular do progresso baseada em planos e no business case;
- flexibilidade no processo de tomada de decisão;
- resolução e gerenciamento de desvios no plano;
- envolvimento da gerência e de partes interessadas durante toda a execução.
O PRINCE2 foi originalmente lançado como um método utilizado no gerenciamento de projetos em 1996, estabelecido pelo governo britânico. Foi desenvolvido a partir do PROMPTII, que existia desde 1975 e era o padrão para a gestão de projetos dos sistemas de informação do país.
Hoje, o PRINCE2 é cada vez mais adotado no mundo todo, tendo se alastrado para a Europa, os Estados Unidos e a América do Sul. Conta com mais de 250 mil profissionais certificados em todo o globo.
Quais são os métodos ágeis?
Ao contrário do que ocorre nas metodologias tradicionais, os sistemas ágeis não utilizam um planejamento completo e engessado durante toda a execução. As tarefas são definidas de acordo com ciclos e a revisão pode apresentar uma ordem aleatória.
Esse modelo de atuação prevê as tomadas de decisão sendo realizadas enquanto o projeto se desenrola, a partir do momento em que surgem necessidades específicas. As demandas são transmitidas por meio de comandas visuais, e o cliente ainda participa do processo ao verificar o andamento da produção, realizar avaliações e ainda solicitar mudanças.
Nas metodologias ágeis destacam-se o Scrum e o Kanban. Vamos conferir algumas informações sobre essas ferramentas.
Kanban
O Kanban foi desenvolvido pela companhia japonesa Toyota para agilizar o processo de mudanças. Esse sistema oferece princípios que, quando devidamente aplicados, otimizam o desempenho e reduzem o desperdício de recursos. De modo geral, o Kanban divide as tarefas em três campos: para fazer, em execução e finalizada. No entanto, essas classificações podem se expandir.
Cada uma delas pode ser incrementada com cartões que tragam informações descrevendo a atividade, os nomes dos responsáveis pela execução e os horários pertinentes. À medida que as atividades forem finalizadas, os profissionais alteram os cartões, informando dados sobre as atividades seguintes.
O Kanban tem como objetivo principal preparar a equipe para o impacto inicial de mudanças estratégicas. Essa metodologia contribui diretamente para a formação de uma cultura de trabalho na empresa, preparando os colaboradores para a implantação de mudanças mais significativas. É recomendada, portanto, para instituições que realizem processos graduais de transição para os métodos ágeis.
Scrum
O Scrum é uma metodologia de enfoque gerencial bastante flexível, já que pode ser utilizada em uma grande variedade de ambientes de desenvolvimentos — da engenharia de software até a produção de jogos digitais. Os aspectos primordiais do Scrum englobam a criação de grupos menores dentro da equipe maior do projeto, liderados por um profissional com poder para conduzir todo o progresso operacional.
As equipes são multifuncionais e trabalham em conjunto para concluir um grupo de tarefas que resultarão em um produto final tangível depois de determinado período de tempo. Essas etapas com início e término definidos são conhecidas como sprints.
Como vimos neste post, as metodologias para gestão de projetos se dividem entre as opções tradicionais e os sistemas ágeis. É importante notar que o primeiro tipo envolve projetos mais fechados, definidos de antemão, enquanto as opções ágeis são mais flexíveis de acordo com as metas.
Para escolher uma metodologia de gerenciamento de projetos, é preciso, portanto, atentar-se ao tipo de projeto desenvolvido. Sistemas ágeis funcionam melhor quando há uma boa quantidade de tempo para realizar as tarefas, enquanto os métodos tradicionais projetam uma série mais fixa de tarefas.
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